Ó eu aí nesse disco... solicitado...
O que que a cobra come? A cobra come sapo..."
Lá no Central Park tem uma lagoa
Cheia de sapo e uma perereca boa
Filha querida de madame Rã
Que tem muito fã, mas não é uma sapa à toa
Cuida da filha mais bela
Que é senhor pra ser donzela
Todo sapo ta na tela
Mas em volta é só capim
E a perereca cantando assim...
E a perereca cantando assim...
Eu tava ali curtindo de canoa
E vi um sapo-boi, o rei das "mina" da lagoa
Um bicho doido de olho estufado
Com o peito inchado, como todo peixe que voa
E partiu para a conquista
Dando uma de surfista
E com ela deu de vista
E pediu cante pra mim
E a perereca cantou assim...
E a perereca cantou assim...
Olho no olho no meio do lago
Teve pouco papo, o sapo boi (ih!) era gago
Aproveitaram o resto do dia
Rangando mosquito e mergulhados na água fria
Mas o sapo era fera
Numa "pererepaquera"
Se não fosse a Rã já era
E a broncas foi ruim
E a perereca chorava assim...
E a perereca chorava assim...
De madrugada o sapo deu bandeira
De óculos Ray-Ban escorregou na ribanceira
Caiu de frente pros olhinho dela
E já bateu pra ela
Sou atleta de primeira
Mas a noite era criança
Começou, então, a dança
Acordaram a vizinhança
E a história teve fim
Com a perereca suspirando assim...
Com a perereca suspirando assim...
E a mãezinha dela soluçava assim...
E o sapo gritava "até que enfim"...
E a galera toda fazia assim...
"Ó, é o seguinte, eles querem usar minha cuca, então, eu tô de cuca pronta e vô bate um papo... aí é o seguinte: a perereca é filha do sapo boi com a sapa vaca, tá sabendo? A perereca é filha daquela que foi sem nunca ter sido... é isso aí...
Boto banca e eu fui pro brejo. Tem que facilitar, tem que colaborar... sempre pinta um sapo com a sua presença...
É... onde é que eu tô, malandro? Que bandeira... Eu tô aqui na maior das inocências... Qual que é? Qualé... eu entrei numa de morgar, tá sabendo? Entrei numa de morgar..."
Há um dia